À primeira vista, Naomi tem a vida que muitos invejam: um casamento admirável, uma carreira ascendente, um cotidiano que aparenta estabilidade. Mas toda superfície impecável esconde fissuras — e nelas se acumulam segredos capazes de desmontar a própria noção de verdade. Sebastian, o marido perfeito aos olhos dos outros, é também o espelho que Naomi teme encarar: racional até a frieza, poderoso até a imobilidade, capaz de esconder tempestades dentro do olhar contido. Entre amor e controle, lealdade e autopreservação, ela descobrirá que o coração humano é o mais perigoso dos laboratórios. Quando incidentes banais — uma simples escada, uma falha técnica, um descuido doméstico — começam a se repetir com precisão suspeita, Naomi percebe que a morte pode se disfarçar nas minúcias mais cotidianas. Pequenos desvios, somados, revelam o tipo de planejamento que ninguém ousa admitir. E é observando Sebastian — tão sereno ao seu lado — que ela se pergunta: quantas fatalidades não passam acidentes… e quantas escondem segredos escuros e terriveis? Entre contratos adulterados, viagens que deixam rastros invisíveis e encontros que exalam conspiração, Naomi começa a perceber que o cotidiano mais banal pode ocultar engrenagens silenciosas de destruição. É no espaço íntimo — dentro de casas, escritórios, quartos e memórias — que os crimes mais sutis se revelam: aqueles que jamais deixam marcas evidentes, mas corroem lentamente tudo o que pretendem preservar. O mal raramente chega anunciando sua presença: ele se infiltra, se acomoda, se ajusta ao ritmo da rotina — até que seja tarde demais. Até que a Morte se Disfarce é um thriller psicológico sobre poder, desejo e escolhas irreversíveis — uma história em que a verdadeira pergunta não é quem matou, mas até onde alguém pode ir antes de se perder para sempre.