Você conhece o Brasil de verdade? Esqueça a história que lhe contaram. A verdadeira nação foi forjada na poeira e no sangue, longe do litoral. Existe um Brasil que não está nos cartões-postais. Um país mais antigo e profundo, cuja saga é contada não pelos vencedores, mas pelo encontro, muitas vezes trágico, entre dois de seus povos fundamentais: o indígena, dono original da terra, e o nordestino, seu primeiro grande migrante. Auto de Pindorama é a história desse Brasil. Uma jornada épica que revela como a identidade do país foi forjada na contínua batalha entre a flecha e a enxada . Uma grande peça popular sobre a alma brasileira: Estruturado como um "Auto" em três atos, este livro tece, com uma linguagem acessível e profunda, a crônica da nossa formação: Ato I: A Terra Antes do Corte: Mergulhe nas ricas cosmologias da floresta antes da invasão e testemunhe a chegada do "homem-caranguejo" no litoral, a expansão dos currais no sertão e o nascimento de um dos maiores arquétipos nacionais: o vaqueiro. Ato II: O Palco da Fome e da Fé: Assista às veias abertas do sertão explodirem em secas apocalípticas, messianismo utópico e banditismo social. Cavalgue com Lampião, o Rei do Cangaço ; marche com os devotos de Antônio Conselheiro em Canudos ; e sofra com os Soldados da Borracha, trocando o inferno seco do sertão pelo inferno verde da Amazônia. Ato III e Cadernos da Encruzilhada: Chegue ao Brasil de hoje e veja como as velhas batalhas se reeditam com novas armas. Entenda a cicatriz da Transamazônica , a luta pela demarcação na Constituição de 88 e os novos campos de batalha, da crise Yanomami causada pelo garimpo à guerra de fake news na Amazônia. Auto de Pindorama argumenta que a luta central do Brasil não é entre a Casa-Grande e a Senzala, mas sim entre dois projetos: o "Brasil-Empresa", que vê nossa terra como um recurso a ser explorado, e o "Brasil-Organismo", que a sente como um corpo vivo a ser cuidado. Este não é apenas um livro de história. É um convite para que você se reconheça nesta peça, não como um espectador, mas como um ator no palco de uma nação que ainda busca seu final. Bem-vindo ao Auto de Pindorama. A peça não acabou.