Este livro parte de uma característica fundamental da filosofia behaviorista radical: a de que ao produzir sua realidade, o ser humano constrói a si mesmo. É somente em relação ao seu ambiente que o homem pode ser pensado e compreendido. Skinner, de maneira recorrente em sua obra, afirma que o ambiente cultural consiste em um dos principais determinantes do comportamento humano. Isso se desdobrou, de maneira quase que incontornável, em textos do autor que fazem uma análise crítica da cultura contemporânea ocidental: para pensar o comportamento humano, é necessário olhar para a cultura. O objetivo último deste livro é organizar os principais argumentos de Skinner relativos à crítica skinneriana à cultura e apresentar os fundamentos filosóficos, teóricos e empíricos que legitimaram essa sua empreitada (“organizar” e “fundamentar” constituíram as operações básicas do que se está chamando de “sistematização). Nas palavras do Prof. Dr. Roberto Banaco, que faz a Apresentação do livro, “o trabalho de Daniel acerca da parte de obra de Skinner que versa sobre a crítica à cultura contemporânea é criteriosa, cuidadosa e competente, com boas possibilidades de utilização acadêmica e social. Acredito que a comunidade brasileira beneficiar-se-á enormemente com essa publicação”. Sobre o livro, a Prof.ª Dra. Nilza Micheletto afirmou: “considero o livro de Daniel de Moraes Caro e Sergio Vasconcelos de Luna relevante sobretudo por sistematizar, de modo original e numa linguagem clara e acessível, um aspecto extremamente importante da obra de Skinner. Neste livro, a questão cultural é analisada tanto em seu aspecto conceitual quanto nas práticas culturais vigentes. Uma análise que evidencia a continuidade entre a produção filosófica, teórica e empírica de Skinner e sua produção interpretativa da cultura”.